Tauromaquiablog entrevistou Ana Rita
T.B. – Ana
Rita muita gente me diz que a tua valentia tem um pouco de inconsciência! Que
dizes?
A.R. – Todos
aqueles que chamam de inconsciência, confundindo todo o meu trabalho, começando
do nada e ter atingido o lugar onde me encontro, é sinal de valor, coragem e
muito trabalho. Se não houver u pouco de inconsciência não existiam toureiros.
T.B. – Depois
da grave colhida entendes que não irá a tua futura carreira?
A.R. – Já
tive várias colhidas, não foi por aí que deixei de perder todo o meu querer e a
minha maneira de tourear.
T.B. – Ana
sentes-te mais acarinhada em Portugal ou em Espanha?
A.R. – Nos
dois países, tenho me sentido lisonjeada, com carinho da afícion e público em
geral.
T.B. – Podes
dar-nos uma ideia da tua colhida?
A.R. – Senti
que o cavalo se foi abaixo das pernas, seguidamente apercebi que ia cair, olhei
para o lado e vi o touro arrancar e tive a consciência que já nada poderia
fazer. Daí a queda onde fui entalada entre as tábuas e o cavalo. Tive a noção
que a situação era grave. Depois senti ainda a sangue quente “ganas” de
continuar a tourear. Ao tentar levantar-me da maca senti dores horríveis, sendo
transportada imediatamente para o Hospital onde se verificou a gravidade do
acidente. Fractura da bacia e contusão hepática.
T.B. – Qual
o teu estado de espírito depois de situação tão grave?
A.R. – Estou
optimista e com grande vontade de voltar ao meio taurino onde sempre vivi.
T.B. – O teu
estado neste momento, como o sentes?
A.R. – Estava
optimista pensando ter alta com brevidade mas os problemas hepáticos ainda
requerem certos cuidados embora me encontre já em casa.
T.B. – Que
vais prometer ao teu carinhoso público na próxima temporada?
A.R. – Vou
prometer voltar a ser a mesma Ana Rita e ainda com mais “ganas”, porque todos
me apoiaram e assim o merecem nesta fase difícil que estou a atravessar.
T.B. – Depois
da colhida quais foram os primeiros sentimentos na tua cabeça?
A.R. – Pensei
que ainda era mais grave, porque não conseguia mexer as pernas e que nunca mais
poderia tourear na vida...um sentimento de grande tristeza e angustia.
T.B. – Após
esse primeiro sentimento que outros surgiram a seguir?
A.R. – Com a
ajuda dos médicos apercebi-me que afinal não tinha problemas graves nas pernas
e coluna, pensei logo que no dia a seguir poderia ir tourear a Espanha.
T.B. – Em
termos taurinos como te estava a correr a noite anteriormente à colhida?
A.R. – O
primeiro touro foi de tal forma que não me proporcionou uma lide de especial,
foi um touro que não correspondeu aos meus anseios. No segundo touro a lide
estava a correr em pleno, todo o público estava comigo o touro foi encastado, e
estava a tourear a gosto como eu quer!!!O percalço aconteceu exatamente no
final dessa grande atuação. Esta é a vida dos toureiros!!!Alegrias e tristezas.
T.B. – Tauromaquiablog
deseja-te uma rápida recuperação e que em 2014 voltes em pleno.
A.R. – Queria
agradecer publicamente ao Tauromaquiablog a grande oportunidade que me deu com
esta entrevista. Principalmente ao entrevistador meu grande amigo Filipe Moita
da Cruz.
Filipe Moita da Cruz