Foi grande a enchente registada na mais antiga praça de toiros do país. O bonito e cuidado tauródromo, quase esgotou.
Rui Fernandes está num momento empolgante da sua carreira. Dá gosto ver o cavaleiro da Charneca, motivado entregue desta forma… o seu conceito de toureio mantém-se, mas agora, Rui está consciente disso e a confiança que sente em si próprio e nas suas potencialidades, chegam à bancada.
Foi bonito ver uma praça em pé! O público de Abiul não poupou aplausos nem elogios na hora de acolher o triunfador da corrida. As voltas à arena foram das mais efusivas que vi nos últimos tempos.
Frente ao primeiro do seu lote armou o taco com o cavalo Vivaldi e as suas impressionantes batidas ao pitón contrário, no segundo foi o cite de lambada e um par de bandarilhas excelente a pôr definitivamente o público no bolso.
Fernandes foi o grande triunfador desta corrida.
A Manuel Lupi não foram atribuídas facilidades. O seu lote de toiros em nada ajudou o cavaleiro da Barroca d’Alva. Se ao segundo ainda conseguiu deixar dois palmos que entusiasmaram, frente ao primeiro apenas se limitou a cumprir a ferragem da ordem.
As pegas da tarde estavam a cargo dos Amadores de Vila Franca. À primeira pegaram Rui Godinho e Nuno Comprido, à terceira Pedro Henriques e ao quarto intento Rui Graça.
Luís Vital Procuna foi autor de duas lides com especial destaque para os dois primeiros tércios. De capote vistoso, de bandarilhas em nível elevado. De muleta sobressaiu na lide do terceiro da ordem.
Os toiros da ganadaria de Brito Paes Herdeiros, estavam bem apresentados, mas foram irregulares nas suas características comportamentais.
Dirigiu este espectáculo de ambiente inigualável, o Sr. José Tinoca.
Por entre muitas frases insólitas ouvidas na bancada, esta ficou no ouvido… ‘Este rapaz loirinho pica muita bem…’. Olé povo de Abiul!
CRONICA RETIRADA DO SITE TOUROEOURO
